Para o povo Munduruku só existe o passado, que é o tempo da memória; e o presente. A palavra “futuro” não é utilizada por eles, por se tratar de um tempo inexistente. Viver hoje é o nosso maior desafio e, para isso é preciso lembrar e decolonizar. É nesse sentido que, no Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura (EDICC) de 2024, invocamos o tempo de tais povos originários para pensar sobre a memória da violência no Brasil que, em grande parte, foi direcionada aos corpos. Corpos dos indígenas, dos negros, das mulheres, dos animais e das matas. Nesse sentido, qual é nosso papel enquanto divulgadores e pesquisadores diante dessa memória que se desdobra no agora e inflige com diferentes armas as mesmas violências? Assim, o tempo Munduruku no traz uma reflexão sobre a memória para a construção do presente que queremos.

A 11ª Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura (EDICC) acontecerá nos dias 22, 23, 24 e 25 de outubro. Será composta por quatro mesas-redondas, palestra, exposição de arte visual, exposição de curtas e sessões de comunicação oral nos formatos presencial e virtual a serem transmitidas pelo Youtube com a finalidade de tornar possível a participação de pessoas que não podem comparecer presencialmente. Junte-se a nós nessa jornada de discussões sobre decolonizar para viver.